
O Henrique nasceu!
Vamos lá começar pelo início.
A minha gravidez.
Eu e o António decidimos que gostávamos de ser pais depois de casarmos. Assim, uns meses antes de casar fiz todos os exames necessários para saber se estava tudo bem e se poderíamos avançar quando quiséssemos. Felizmente estava tudo bem e tínhamos carta verde para começar os treinos. Mas, como em todas as histórias há sempre um “mas”. E o nosso era o meu peso. Sim, sempre tive excesso de peso (umas vezes mais, outras menos…) mas a minha obstetra achou que seria indicado eu perder alguns quilos antes de engravidar. Sabem porquê? Porque ia demorar muito tempo a engravidar pois o peso seria uma barreira. E porque poderia ter imensos problemas na gravidez por esse mesmo motivo também. Tudo isto pode ser verdade mas, no meu caso felizmente não foi. Não estou a dizer com isto que ela não tinha razão em relação ao meu peso. Mas felizmente correu tudo pelo melhor!
E sabem que mais? No dia em que decidimos que estava na altura de tentar, engravidei. Logo. Agradeço todos os dias por esta dádiva. Mas, lá vem outro mas. A médica não estava à espera (sim porque eu ia demorar imenso tempo) e não ficou lá muito contente porque nem sequer deu tempo de eu emagrecer. Mandou-me ficar em casa a partir das 8 semanas de gestação, com baixa por gravidez de alto risco até ao fim. Tinha os meus membros inferiores muito inchados e de facto foi das coisas que mais me apoquentou em toda a gestação. Havia dias muito chatos principalmente dias de calor em que quase não conseguia sair do sofá. Tirando isso, tive uma gravidez santa. Uma azia aqui e ali mas só e apenas isso.
Às 14 semanas iniciei a minha aventura no Pilates para grávidas para ajudar a minha condição física e melhorar a mobilidade e lá me mantive até as 38 semanas! Além de ter sido uma experiência super enriquecedora a todos os níveis (inclusivé de ter conhecido as melhores colegas do mundo com quem ainda hoje mantenho contacto e são uns amores), conheci duas fadas. A Vera e a Sofia. As duas terapeutas que me aturaram vezes sem conta com as minhas questões, ansiedades e sabe-se lá mais o quê. Criámos laços e guardo isto tudo com muito carinho.
Continuando…
Chegámos muito bem ao dia 17 de Abril de 2019. Falei com a médica nesse dia e os CTG’s que tinha feito não mostravam qualquer contração. Eu continuava óptima e sem quaisquer sinais indicativos de que a coisa estava para breve. Proposta? Indução de parto para o dia a seguir. E assim foi.
Às 08h00 estávamos no Hospital para iniciar o processo. Comprimido para dentro da boca e… bora lá mas é caminhar como se não houvesse amanhã.
Fizemos uma caminhada de mais de 1h, a passo largo e apressado. E sinais do Henrique? Rien.
Voltámos para o Hospital e fui direta à enfermaria para fazer nova tentativa de indução. Passados uns minutos lá vieram as contrações e começa o pânico. Não havia sinais de Henrique no CTG (claramente que não queria nascer naquele dia e pimbas, escondeu-se bem escondidinho).
Entraram muito rapidamente médicos, enfermeiros, auxiliares no quarto e depois de alguns procedimentos, toca a andar para o bloco.
Cesariana emergente falavam eles. E eu ali sem perceber muito do que estava a acontecer. Anestesia geral e siga para bingo.
Às 12h19 nascia o nosso pulguinha. O doce cá da casa. O menino mais lindo do mundo aos nossos olhos. Super saudável e muito despachado. Ah, e nasceu a refilar segundo me disseram (ele avisou que não queria nascer)! Tenho a dizer-vos que a equipa que me acompanhou foi super amorosa comigo e no fim o importante é que correu tudo bem!
18 de Abril de 2019. 12h19. A data e a hora que mudou completamente as nossas vidas.
O Henrique chegou a este mundo. E aqui começa a nossa aventura!