
Dia Europeu da Terapia da Fala – A Teleprática na Terapia
No dia 06 de Março, desde o ano de 2004, comemora-se o Dia Europeu da Terapia da Fala.
Todos os anos há uma temática diferente e, inevitavelmente, este ano esta centra-se na Teleprática em Terapia da Fala (ou teleterapia, como queiram chamar).
Nos últimos meses, tendo em conta a pandemia que vivemos, tivemos de fazer mudanças nas nossas vidas a todos os níveis incluindo no que diz respeito aos cuidados de saúde de forma a mantermos os acompanhamentos necessários e alguma “normalidade”.
E, no que diz respeito à Terapia da Fala não foi diferente sendo que essas mudanças foram igualmente evidentes. As novas tecnologias vieram auxiliar este “atendimento” à distância permitindo manter consultas de avaliação e intervenção através da teleterapia.
Esta é a nossa realidade atual e será por muito mais tempo. Mas, como tudo, este tipo de atividade tem os seus prós e os seus contras.
De forma resumida:
Quais os prós?
- Maior segurança pelo perigo de contágio de forma presencial;
- Maior facilidade ao nível do feedback visual pois permite-nos realizar sessões sem máscaras de proteção, permitindo que a criança ou o adulto veja a nossa expressão facial e nós a do utente;
- Permite manter um continuum de sessões sem interrupção pelas questões do confinamento;
- Redução das barreiras geográficas.
Quais os contras?
- Menor feedback propriocetivo;
- Dificuldade na observação correta de pontos de articulação (por exemplo numa perturbação dos sons da fala), em corrigir a escrita numa disortografia ou, no caso de população adulta, dificuldade no manuseamento dos dispositivos eletrónicos por questões de mobilidade/cognitivas/linguísticas e avaliação e intervenção ao nível de várias competências.
- Maior distractibilidade por parte do utente;
- Maior cansaço por estar em frente ao ecrã o que por vezes pode levar a sessões mais curtas.
De facto, há casos em que se aplica a teleterapia e há outros que não. Por exemplo, se temos uma criança abaixo dos 3 / 4 anos ou com necessidades educativas especiais mais graves, a teleprática de forma a intervir diretamente com o utente poderá não resultar.
Ainda assim, é positivo ver que os terapeutas da fala têm estado bastante recetivos as estas mudanças o que na maior parte das vezes facilita e muito o processo terapêutico!
FELIZ DIA EUROPEU DA TERAPIA DA FALA!