
Antes de seres mãe, já eras tu!
Quando nasce um bebé, nasce também uma Mãe, um Pai…no fundo uma família. A questão aqui é que ninguém nos avisa o quão desgastante é sermos um desses pilares.
Ser mãe é o melhor trabalho do mundo, o melhor sentimento do mundo, o que nos tira os maiores sorrisos pela manhã e disso ninguém tenha dúvidas mas, também é o que nos tira mais anos de vida, nos coloca mais rugas na cara e nos consome mais energia.
Apesar de existirem milhares de informações sobre a maternidade, o papel da mãe e do pai, a chegada de um bebé … ainda há muito romance à volta de tudo isto. E não é que não deva haver. Mas deve haver também alguém que nos ajude a assentar os pés na Terra e nos diga que o cansaço físico e emocional, o querermos tempo só para nós, o sentirmos saudades de estarmos sozinhas e de não termos constantemente preocupações em cima, o chorarmos de vez em quando só porque sim é normal! E nada disto está relacionado com o amor que temos pelos filhos. Esse é claramente infinito e inigualável.
E por isto tudo, é tão importante que estejamos e que nos sintamos bem e que mantenhamos a nossa individualidade.
A mim, o que me faz sentir bem e me traz alguma tranquilidade é tirar todos os dias um bocadinho para mim, nem que sejam apenas 30 minutos. Seja a ler um livro, a ver o episódio de uma série, uma ida à rua para fazer uma caminhada, ir ao cabeleireiro, arranjar as unhas ou até ir à depilação. Eu preciso deste tempo. E só assim consigo não dar em louca por estar há tanto tempo em casa com o piolho e tentar dar todos os dias o melhor de mim.
Porque antes de ser mãe, já era a Sofia, a filha, a esposa, a MULHER! E quero continuar a ser isso tudo. Da mesma forma e com o mesmo tempo? Não. Mas da forma que me é possível.
E será que todas as mães precisam disto? Não sei. Cada uma tem as suas necessidades e individualidades.
Por isso contem-me, são team “preciso de tempo para mim?” ou team “estou óptima e não sinto essa necessidade?”