Diário da Mãe

A nossa experiência com a Amamentação

Amamentação.

Tema que dá pano para mangas e precisava quase de 1 semana inteira a falar sobre isto. Mas vamos lá tentar ser o mais pragmática possível.

Sempre quis amamentar. À maminha. Porque amamentação é mais do que isso. Mas também sabia que se não desse por qualquer motivo não iria ser um bicho de sete cabeças. Felizmente estamos em pleno século XXI e o que não faltam são alternativas de qualidade para alimentar um bebé.

O Henrique nasceu. E como já vos disse anteriormente, por ter sido uma cesariana emergente e com direito a anestesia geral, não tive aquele primeiro contacto pele a pele com o meu bebé como eu tanto desejava. Quando cheguei ao recobro o nosso bebé já lá estava com o pai e, foi ele juntamente com a enfermeira, que lhe deram o primeiro biberão.

Quando acordei da anestesia e o trouxeram para o meu colo tentámos colocá-lo logo à maminha mas não estava a ser tarefa fácil. Eu tinha dores horríveis e quase nem me conseguia mexer. Tinha que estar deitada e não era de todo a posição mais confortável para mim para o amamentar (nunca foi na realidade).

Deixámos passar umas horas e voltámos a tentar novamente. A pega não estava a ser eficaz e, como eu estava deveras debilitada, a enfermeira sugeriu logo um mamilo de silicone para facilitar o processo. E digo-vos, foi o melhor que fiz. Pegou muito bem no mamilo e mamou lindamente. Eu como Terapeuta da Fala estava num misto de sensações. Como é que eu ajudei tantos bebés a fazeres uma pega correta para mamarem (fosse no biberão ou no peito) e eu não consigo fazer isto com o meu bebé?

Pois é…ali eu era a Ana Sofia. A mãe. Não a TF…

No dia a seguir, foi observado pelo pediatra como normal e reparámos que tinha o freio da língua curto. O médico prontificou-se e fez logo o corte. Super simples e aparentemente indolor. Mas, mesmo assim teve de continuar a mamar com o auxílio do mamilo de silicone.

Viemos para casa e continuámos a amamentar como nos era mais facilitador. E, durante todo este processo que é um composto de desgaste físico e psicológico da mulher, tive sempre um apoio imensurável do António. Uma ajuda mega preciosa e só assim poderia ter corrido bem como correu. 

Sigam o vosso instinto de mãe, porque saberão sempre o que fazer. E quando não souberem por qualquer motivo, tirem as dúvidas com os profissionais certos.

E assim foi durante uns belos 6 meses. Sempre em livre demanda.

Quando iniciámos a diversificação alimentar, o H. decidiu que não queria mais o mamilo de silicone e deixou-o por ele. Até aos 9 meses e meio. Altura em que ele próprio também decidiu fazer o desmame. Foi tudo tão natural em todo o processo que só posso ter orgulho no meu bebé.

Mas sabemos que nem sempre é assim.

Apesar de no geral ter corrido muito bem, também tive momentos em que tive de pedir ajuda a uma CAM, que por sinal é uma amiga nossa. Nessa altura parecia que ele não mamava o suficiente (estava pouco tempo à mama) e magoava-me ligeiramente. Como sabia que a amamentação não tem nem deve ser dolorosa, pedi ajuda para perceber o que se passava. E com algumas estratégias simples, passou a correr tudo melhor.

Por isso, o melhor conselho que vos posso dar é:

Sigam o vosso instinto de mãe, porque saberão sempre o que fazer. E quando não souberem por qualquer motivo, tirem as dúvidas com os profissionais certos. Eles estão cá para nos ajudar! Não se esqueçam… O que resulta com os outros pode não ser o que resulta com vocês.

Amamentar é dar amor! É criar laços e vínculo com o nosso bebé. Seja à maminha, ao biberão ou de que maneira for. O mais importante de tudo é serem e estarem felizes. Papás felizes, bebé feliz!

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